sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Mais motivos para aprender inglês e espanhol

Pessoal,

Acaba de sair o "HAYS GLOBAL SKILLS INDEX 2013", um relatório da Hays (consultoria global de recrutamento e seleção) que busca medir a eficiência dos mercados de trabalho nos países do Mundo. No caso do Brasil o relatório mostra muita coisa que já sabemos e que no caso contribuiu para que tenhamos um indicador acima de 5.0 (índice ideal), porém melhor que o de países como Estados Unidos, Canadá, Japão e  Alemanha. Ele fala em especial de:

  - Deficiência do nosso ensino secundário;
  - Excesso de regras em nosso mercado de trabalho (dois itens que pioram o nosso índice) e
  - Depressão salarial (o que melhora nosso índice e competitividade, apesar de não ser exatamente uma boa notícia para os empregados).  

Recomendo a leitura do relatório, em especial da página 19, que apresenta um perfil do Brasil segundo a Hays. Gostei, pois o perfil confirma dois pontos importantes que costumo reforçar junto aos meus alunos e aos meus clientes de coaching:

1. A importância de se ter fluência em inglês. Esta é listada, juntamente com pensamento estratégico, como as duas habilidades mais procuradas pelos empregadores.

2. A importância de se ter fluência em espanhol. Esta é uma conclusão minha, pois o relatório considera o Brasil como um hub para companhias que fazem negócios na América Latina. Vejam esta comparação do nosso PIB com o de alguns vizinhos (fonte: Wikipedia):

- Brasil: U$2.422 trilhões
- Argentina: U$ 771 bilhões
- Colômbia: U$ 502 bilhões
- Venezuela: U$409 bilhões
- Chile: U$342 bilhões
- Peru: U$210 bilhões

Isto é, cinco vizinhos nossos somados dão uma economia de porte similar à nossa (U$2.422 trilhões x U$2.234 trilhões), e o mercado de trabalho nestes vizinhos está cheio de oportunidades nos mais diversos setores, além de ser bem mais flexível que o nosso. E olhem que nem considerei o México, com um PIB de U$1.845 trilhões...

Se investirmos em competências globais aumentamos nossas chances de sermos profissionais globais, capazes de atuar em diferentes partes do mundo e com maior capacidade de resistência a crises locais e sazonais, certo? E para isto é essencial falarmos a língua dos mercados que almejamos.

Que tal começar com um "2 em 1"? Leia o relatório com calma e consciência crítica, isto vai te ajudar no inglês e no pensamento estratégico!

Saiba mais:

Matéria na revista Exame sobre o relatório Hays 2013.

E por último uma nota pessoal: semana que vem vou poder riscar com prazer um item da minha "bucket list", pois finalmente vou conhecer a Califórnia! Sigo para Los Angeles para fazer mais um módulo da minha formação em coaching pelo CTI, e a escolha desta cidade foi proposital. Morei e trabalhei três anos nos Estados Unidos, viajei bastante mas não tive a oportunidade de conhecer a Califórnia (e olha que me casei ali do lado, em Las Vegas), região que sempre fez parte do meu imaginário! E é CLARO que não vou deixar de nadar no Oceano Pacífico, mesmo porque a minha única experiência com este oceano até hoje não foi das melhores (um dia conto esta estória em outra postagem, mas posso adiantar que a experiência se deu em Vina Del Mar, no Chile).




                                                     "Garota eu vou pra Califórnia..."

*********** Nova Lima, 08 de novembro de 2013, BRASIL

2 comentários:

  1. Pessoal, segue comentário do colega Newton Junior, que teve dificuldade em postar aqui e me deu ok para publicar (parte 1):

    Eu tenho algumas considerações a fazer quando leio determinados relatórios publicados na mídia e opiniões de analistas:

    1) Falar inglês é importante porque já se tornou o idioma mundial. Mas vamos nos ater ao espanhol, mais especificamente ao Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai - suspenso, Uruguai e Venezuela).

    2) Do ponto de vista de mercados, o Mercosul é bom pra quem? A Argentina, por exemplo, com uma população de 40 milhões de habitantes, passou a vender seus produtos com vantagens de exportação para o mercado brasileiro, com 200 milhões de habitantes. As demais economias da região, inclusive a chilena, a peruana, a venezuelana, é pouco diversificada, concentrando seus maiores negócios em mineração e petróleo. Se uma corrente marítima mudar a direção no Pacífico num determinado mês do ano, o PIB desses países cai 20%. Nevou ou choveu demais na região vinícola, o PIB cai mais 15%. Então, era de se esperar que, baseado no raciocínio dos autores do relatório, nossos vizinhos deveriam estar mais interessados em falar português do que nós falarmos espanhol. E será que eles estão realmente preocupados com isto? Acho que não!!!

    3) Quanto à formação acadêmica, na Engenharia, pelo menos, já trabalhei em projetos com times norte/sul americanos, europeus e asiáticos. E sabem qual é a diferença de um engenheiro brasileiro para os estrangeiros em termos de conhecimento? Nenhuma. Claro que, um especialista em turbinas de alta precisão fabricadas, por exemplo, pela GE, na Inglaterra tem um conhecimento que nós não temos. Da mesma que um engenheiro da Petrobrás tem um conhecimento de exploração em águas profundas que um árabe não tem. E daí?

    4) Quanto ao ensino secundário, o governo federal é responsável pelos Cefets e Colégios Técnicos das universidades federais. As demais escolas públicas são responsabilidade de municípios e governos estaduais. Estas sim, talvez possam ser consideradas fracas atualmente. Mas comparando estudantes secundaristas brasileiros com norte-americanos que fazem intercâmbio, parece que os de lá são retardados.

    5) Por fim, não existe falta de mão de obra qualificada no país, na minha opinião. Não existe mão de obra qualificada que aceite o salário que as empresas brasileiras querem pagar. Em casos específicos, como exemplifiquei acima, já existe um intercâmbio natural entre nações. Queremos desenvolver um Programa Espacial, vamos bater na porta de russos e americanos. Eles querem desenvolver motores a álcool, eles baterão à nossa porta. O Google não veio até BH buscar a ferramenta de busca desenvolvida por professores e alunos do DCC porque era melhor do que a deles?

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  2. Pessoal, segue comentário do colega Newton Junior, que teve dificuldade em postar aqui e me deu ok para publicar (parte 2 - FINAL):

    O empresário brasileiros é o ser mais fdp que existe! Nenhum quer investir na formação de ninguém. Se precisam de alguém e identificam o profissional, eles simplesmente o retiram de outra empresa. Todo o ônus de uma formação é creditado na conta do governo. Antigamente, o sujeito entrava numa empresa para se aposentar nela. Quem mudou a regra do jogo foram justamente os patrões. E o resultado disto foi o desenvolvimento de uma geração que só se preocupa com o contracheque no fim do mês. Se uma empresa oferece 500 reais a mais, ele muda de emprego, da mesma forma que as empresas despedem funcionários com salários mais altos, funcionários mais antigos. A tal "consideração" pelo passado, pela história de alguém na empresa é coisa do passado.

    Empresário brasileiro só faz alguma coisa em prol de alguém se tiver isenção de imposto e financiamento subsidiado. A maioria dos países também subsidiam suas empresas para aumentar a produção, gerar mais empregos, para invadir mercados alheios. Mas o empresário brasileiro é diferente. Ele quer o financiamento pra produzir mercadorias mais baratas, mas na mesma escala de produção para não baixar o preço aos consumidores. Muitos usam o dinheiro para enriquecimento pessoal, comprar imóveis, carros luxuosos, e parte desta grana serve pra pagar os lobistas no Legislativo, subornar funcionários públicos, pagar jornalistas pra escrever na Veja, comentar na CBN, Globo News, Bandeirantes, etc.

    Os economistas destronaram os advogados no reino de satã. São os mestres da Achologia, ciência tão exata quanto Astrologia e Quiromancia. Eles começam janeiro fazendo previsões pro PIB, dólar, balança comercial, etc., e vão mudando mês a mês, semana a semana, com a maior cara lambida. Os caras não ficam nem vermelhos!!!! Suas frases sempre começam com "Eu acho.....". Observem!

    E quanto a nós, pobres mortais ávidos por conhecimento, temos que ficar convivendo com um mundo de informação, na maioria das vezes fabricadas porque o terror vende mais que as boas ações.

    Sds.,

    Newton

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